quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Ouço vezes sem conta que o que sinto é utopia, sinto-me como uma criança as vezes, sendo recriminada por ter um amigo imaginário...e me pergunto se eu criei toda a ilusão do que vivi.
Será que o brilho que eu via em seus olhos era apenas criação minha?
Duvido que outra mulher tenha visto o que eu vi, e é esse o motivo que me faz ainda acreditar em tudo o que senti. Foi real para mim.
Recebi alguns dias atrás um vídeo de uma amiga, onde o pastor da igreja que ela frequenta falava sobre o amor...e na palestra ele diz que somente quem viu os olhos do amor é capaz de entender o que realmente significa estar entregue a um sentimento. Pura verdade.
Nunca mais encontrei nada que me prenda da mesma forma...
O olhar do homem amado é único, e transcende tudo que eu possa explicar.
Vou lembrar para sempre o que eu sentia, a emoção mais profunda, o sentir-me acarinhada...
Não me importa que digam que me tornei solitária, vivo com o que sinto, com o que sou, e se sou toda lembranças...ótimo.
Deus há de permitir que eu viva ao menos em paz com esse sentimento.
Um dia essa tormenta vai passar, e então a saudade será apenas uma presença com a qual terei me acostumado.
Ano Novo...
E com ele a esperança de acordar sem sentir saudade....
Saudade até da esperança, da motivação, dos planos...saudade do que não foi vivido.
Uma vontade imensa de ter feito coisas diferentes, mas a dinâmica talvez fosse aquela mesmo, nada mais.
Ainda olho pro passado com dor, não aprendi esquecer...
Continuo orando, vezes sem conta, sem fim, preciso que Deus me ajude a superar essa fase, preciso que essa ferida seja curada.
Tenho a consciência de que passou, mas aqui dentro, permanece tudo, inteiro e talvez mais forte. Saber das limitações, medos, inseguranças, dificuldades, conviver com os defeitos...quando se ama, é fácil. Mas e dai?
Amar sozinha, amar alguém que sequer sabe de sua existência, porque para ele vc já é página virada?
Que vantagem?
Talvez eu ame de forma errada, mas amo.
Tento entender o que é que preciso aprender com essa história, e sei que é fácil dizer que tenho que tocar a vida. Mas alguém pode me dizer como?
Existe resposta?
Não!
O tempo passa, e eu continuo aqui, e em cada momento vivo um conflito desesperador de buscar outro foco, de que algo, em algum momento roube minha atenção...
Me exaspero, e muitas vezes sou cruel comigo mesma, me recrimino por não ter apagado de minha memória, do meu coração, da minha alma tudo que ficou guardado. Busco entender como pude ser tão tola, amar tanto...
Já me perguntei inúmeras vezes se é ilusão, e se é ilusão, porque não passa?
Amar deveria mesmo ser via de mão dupla, mas na prática a realidade é outra...
Eu, e só eu e Deus sabemos o que tem sido essa luta.
Me sinto presa a esse amor...Quanta tortura viver assim, escrava de pensamentos, sentimentos, sonhos abandonados.
Sim, continuo totalmente emocional, o que sinto é só meu, e poucas serão as pessoas que entenderão, talvez porque seja preciso sentir, na carne e na essência o que é amar incondicionalmente.
E é de enlouquecer, desejar o maior bem do mundo para alguém e sentir a dor de não ser parte de suas escolhas.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Palavras ao vento - Cassia Eller

Vem Andar Comigo - Jota Quest {com legenda}

Queria tanto poder olhar nos teus olhos e dizer tudo o que ficou guardado....
Ao menos te desejar Feliz Ano Novo!
E desejo!!!
 Desejo que sejas sempre feliz, que tenha a paz almejada, que todas as esperanças sejam renovadas, que seja sempre a pessoa que eu conheci, a pessoa nobre que sempre admirei....
E que a felicidade seja parte do seus dias...
Te amo, e isso não muda.....

Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu...
Quem sabe voltar a ser tão somente o que era pra ser... Re-aprender a andar só, com expectativas outras que não  o meu amor idealizado, com sonhos realizáveis, sem utopias....

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Ao Amor Antigo O amor antigo vive de si mesmo, não de cultivo alheio ou de presença. Nada exige nem pede. Nada espera, mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas, feitas de sofrimento e de beleza. Por aquelas mergulha no infinito, e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona aquilo que foi grande e deslumbrante, a antigo amor, porém, nunca fenece e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança. Mais triste? Não. Ele venceu a dor, e resplandece no seu canto obscuro, tanto mais velho quanto mais amor. Carlos Drummond de Andrade