sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Invento-te na razão do meu sorriso
gota a gota
como se fosse feito de vidro
e choro e danço
como nunca o fiz antes!
Preciso sentir-te!
Respirar-te!
Saber-te aqui perto de mim
E é tão grande esse sentir
esse bem querer
que mesmo de olhos fechados
é sempre a ti que eu vejo
Tantas coisas que me lembram de ti
o vento
a chuva
as ruas
as pedras nuas
onde me sento
o olhar de um casal
um simples gesto
um sorriso
quase desapercebido
um livro
a barra esvoaçante de um vestido
um sino tocando
uma ave voando
Há tantas coisas
(erradas eu sei)
que me lembram
o quando te amei
e as estradas que calcorreei
para te ver chegar
Vivo no limite!
No excesso da gargalhada
da dor
da paixão
Sou intensa
e quando amo
faço-o com a generosidade
de quem planta uma flor
e gosta de a ver crescer e florir
Talvez por isso
tanta vez me sinto no abismo
no limite das forças
e do bem querer
Mas ser assim está nos meus genes
e saber perdoar e acarinhar
uma flor que não floriu, também!