sexta-feira, 21 de abril de 2017

entra!
Vem devagar!
Deita-te aqui
bem junto de mim
onde é o teu lugar
Fica enquanto puderes
e quiseres
Sabes que te espero!
Hoje e sempre!
E se tiveres de ir
encosta apenas a porta
bem devagar
deixa uma nesga entreaberta
para que possas voltar
não vá o vento roubar-te o lugar!...

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Que dizer-te senão isto?!
Que todas as sílabas trazem o teu nome
Que sentir que não isto?!
Que os teus dedos escrevem-me histórias
para adormecer
Que ser-te que não isto?!
Inteira
Rendida
completa
esperando cada outono e cada primavera
que os teus lábios marulhem nos meus!

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Lê-me perscruta-me
como se fosse indecifrável
Como se toda a pele
fosse um verso
à solta na tua boca
como se tudo em mim
fosse imperceptível e voraz
e que ninguém
fosse capaz
de entender!
Que apenas tu
tivesses essa capacidade de ler
nas entrelinhas
de me soletrar com a paixão das palavras
e de me sentir com a alegria
de quem beija a poesia
com o coração fora do peito
como se a mim beijasse...
como se entre nós apenas restasse
o predicado e o sujeito!

terça-feira, 4 de abril de 2017

Fica!
Não digas nada!
Fecha os olhos e fica!
apenas fica!
Há tanto tempo que não te respiro!