terça-feira, 25 de outubro de 2016

Quem acompanhará o sonho desfeito
as horas que deveria ter dormido
e só pensei em ti?
Quem acompanhará os meus passos
em direção ao mar?
Quem saberá ler as palavras escritas
com o sangue à flor da pele
saberá as respostas das perguntas que calo?
Que braços me responderão
quando eu tatear o escuro
que pedras me servirâo de leito
e em que peito
reclinarei a dor
para que doa menos?
Em que leito se consumará o amor
apenas sonhado e nunca feito
que paredes ouvirão os meus desabafos?
E que traços
de mim e de ti
deixarei eu nesse mar de sargaços
onde só
a dor se atreve a morar?

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