domingo, 29 de janeiro de 2017

Não importa qual rumo nossas vidas tomaram, eu ainda serei aquele amor que não se esquece, não morre, perpetua. Marquei a alma, e não importa se mora com esta ou aquela pessoa. Eu sempre hei de morar nas lembranças e ainda mais no coração. Tenho permanência na memória e isso... Ah isso ninguém pode mudar!

Rs...será que isso te lembra alguma coisa, vida minha?

Então...eu sei que incomodo, mas é mais forte que eu...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

''O Amor é a água da vida. Beba-o com o coração e alma''
- Rumi -
A imagem pode conter: noite, atividades ao ar livre e natureza
Vc já assistiu o filme "CORRESPONDENCE" do Giuseppe Tornatore?

Quando olhei pra você pela primeira vez e numa fração de segundos soube então, como uma alma perdida se sente quando reconhece a pessoa em cujo corpo gostaria de ser reencarnado. E desde então sempre estivemos juntos, mesmo quando a distância nos manteve separados...

Ontem eu o assisti...e fiquei pensando nesse sentimento todo que anda guardado... e te confesso...ainda é gigantesco, porém já sem ilusões.
Conclusão: Sou mesmo maluca! Ainda peço a Deus que te cuide sempre, que guie sempre teus passos e que vc, vez em qdo , ainda lembre com algum carinho de quem nunca te esquece. Vc se lembra qdo eu contava que minha avó dizia que temos onze almas gemeas?
Acho que somente agora comecei entender o que ela dizia...teoria das cordas...Vamos lá estudar física quântica...Quem sabe assim, em algum lugar, tempo ou espaço...mundo paralelo, sei lá...possamos entender certas coisas....
Creio que minha maluquice nem seja tão grande, afinal, assim como no filme, existe uma comunicação ainda que muito subjetiva entre nós.
Insanidades a parte, ainda questiono o que será que acontece....bem...tem tantos questionamentos que ficam sem respostas..ou talvez seja o caso de interpretar nas estrelas ou mesmo nesse mundinho virtual, que ainda que quase nada, ainda existe um fio que liga uma alma perdida a outra que finge ter se encontrado...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

“Depois de um tempo, a gente aprende que não há distância para aqueles que se amam, contrariando o que dizem a quilometragem, a diferença de fuso, o tanto de afastamento dos olhos. Porque o olhar que importa é o olhar que ama, é o olhar que abençoa, e esse olha de qualquer lugar.”

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Se há dez anos você me perguntasse onde eu estaria, quem sabe eu dissesse algo sobre viajar pelo mundo com meus amigos disfarçados de banda, quem sabe eu me visse sozinha em lugarzinho frio que só é alcançado pelos beijos dos barcos. Quem sabe eu mentisse, quem sabe eu pensasse que estaria cercando os meus filhos, como uma nuvem pesada tenta cercar os raios do sol.
Se há dez anos, eu me imaginasse, com um pouco mais de dinheiro e com mais carimbos no passaporte, que amigos pelo mundo, com mais arrependimentos que saudades, eu teria feito tudo exatamente igual? Se há dez anos, alguém me perguntasse eu seria capaz de imaginar algo incrível como carros que voam, ciências que curam, corações que se regeneram após serem partidos?
Se há dez anos, eu olhasse para frente, e tentasse me enxergar como quem tenta firmar as vistas em alguém que ama na multidão, eu me enxergaria? Eu me reconheceria, depois de todas as mudanças da curva do meu riso, depois de todas as palavras ditas que fogem como lagartos, desautorizadas? O que você pensou que estaria fazendo hoje, dez anos atrás? Por favor, deixe-se orgulhoso, mas permita-se sempre se reescrever.
Eu estou me desfazendo, simplificando, desfarelando, me entregando à ordem natural de tudo o que desaparece. E eu não temo isso. Em algum lugar, todos nós nos eternizaremos. Se me perguntassem o que eu estarei fazendo daqui há exatos dez anos, não haveria dúvida, nem arrependimento: daqui há dez anos ainda estarei olhando pra você, nesta foto que guardo de vc com tanto carinho, como quem encontrou a resposta para a dúvida que sempre teve.
Estarei ainda guardando esse amor, que é tão meu e tão seu...e sonhando com tudo que poderia ter sido.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Hoje foi um dia bom. Só queria te contar isso. Acho que entre todas as coisas que me fazem falta, te contar meu dia é a maior delas. Revisitá-lo nos seus olhos, melhorá-lo aos seus ouvidos, rir dos meus sufocos a partir do teu riso.
Se houvesse como brotar um hiato entre tudo o que foi dito de amargo entre nós. Se houvesse como apagar por cinco minutos a estranheza que sentimos, nossa apatia diante da dor, nossos medos, nossos ciúmes, calar nosso silêncio monstruoso.
Se todos os meus erros fossem como um barco que já vai longe e sumisse entre uma ondinha e outra. E nesse espaço coubesse ainda alguma doçura e cumplicidade, tudo o que eu queria era saber também do seu dia.
E teu peito, subindo e descendo, iria me acalmar. E sua voz, primeiro eufórica, depois mais calma, depois baixinha iria me contar que cheguei em casa. Desde que você se foi que não chego em casa. Eu entro pela porta, aparto as correspondências que importam, faço um chá, mas não é ali que eu moro. É um semi-lar.
Hoje eu só queria uma dose farta daquelas rotinas que já me pareciam tão chatas. Seus perrengues no trabalho, sua encrenca com o banco, sua negativa bem-humorada pro pedinte, o aumento do preço do café e do combustível.
Eu ouviria tudo, amando a rasura, adorando a futilidade, porque hoje sei que não importa tanto do que se fala. Todo dito é bendito pelos lábios de quem se ama.

Check-Out

Tenho que confessar: eu detesto ler manuais.  É por isso que instalamos as prateleiras novas da cozinha e ainda sobram peças suficientes para construir uma bomba-relógio, mas ela está lá: prateleirando.
Dia desses, recebi um manual ao fazer check-in numa pousada. Eram basicamente orientações gerais sobre voltagem, o jeitinho pra regular a temperatura da água, um manual de como passar algum tempo ali sem atear fogo em tudo.
Enquanto tentava entender o diagrama que esmiuçava o funcionamento da lareira, pensei: alguém já fez um bom manual, não para começos, mas para fins? Porque perdido mesmo a gente fica é quando algo acaba. Existe um manual para términos de relacionamento? Digo, um manual de boa partida, com boas orientações de check-out? Se houvesse um, o meu, seria assim.
Caro usuário do meu amor, esperamos que a sua estadia tenha sido satisfatória e que você leve boas lembranças de seu tempo em nossa conchinha. Nos esforçamos ao máximo para fazê-lo se sentir especial e, poxa, como você foi! Para nós é sempre inconsolável ver um bom hóspede partir, mas, entendemos, a gente é mesmo estadia, um na vida do outro.
Por favor, ao sair, não feche nenhuma porta. Teremos uma equipe especializada que tornará este coração habitável novamente. Não se preocupe com a bagunça. Foi um prazer ter você em cada cantinho nosso. Levaremos em conta suas sugestões de melhorias e ficaremos contentes se você também tiver aprendido algo conosco.
Deixe também abertas as cortinas da leveza. A leveza é uma tentativa tão honesta quanto boba. Mas olhar para ela nos tranquiliza. Antes de sair, aproveite seu café. Nossa variedade de sabores, de cheiros e de cores jamais será encontrada por aí. Talvez parecida, talvez melhor, igual jamais. Há ingredientes que só cultivamos aqui.
As piadas recorrentes que ainda te farão rir sozinho por algum tempo são brindes. Não sinta-se constrangido em também levá-las. Se puder falar bem de nossos serviços, claro, agradecemos. Se não for possível, perdoe qualquer transtorno.
Ao sair da propriedade não olhe pra trás. Não haverá glamour em nosso ato contínuo e interminável de nos rearranjar, limpar, dobrar e guardar sentimentos frustrados. Fique com a imagem de quando chegou, quando tudo parecia existir em seu perfeito lugar.
Fizemos tudo o que foi possível pra fazer você se sentir em casa, uma parte gigante do nosso pequeno todo. Caro usuário do meu amor, boa partida. De modo que jamais voltaremos a ter o mesmo tamanho, partidos também ficamos. Essa é a ironia graciosa da nossa vida. Check-out completo.

Todas as coisas que deixei de dizer...

Te amo, entre todas as coisas que deixei de dizer, amo você. Ao entrar em minha vida, comecei a embalar-te nos meus braços, envolta também nos seus. Como vida em Marte, tão difícil quanto humanidade nas filas do Extra, contrariando todas as probabilidades, encontrei amor em VC.
Sinto saudade, entre todas as coisas que deixei de dizer, sinto sua falta. Sinto saudade de todos os meus amigos, até mesmo daqueles que já não são mais meus, como se fosse um pertencimento inverso. Quem sabe tenha complicado demais as coisas mais simples e óbvias, as melhores coisas da vida, aquelas que vivi com você.
Me cuida, entre todas as coisas que deixei de dizer, não pedi. Cuida de mim? Não precisa me carregar nos braços, nem mesmo me aguentar nos ombros, eu sou forte sobre as minhas pernas e livre abaixo das minhas próprias asas. Quando digo cuida, só quero pedir que passe suas vistas em mim, que assim, me lembro que eu importo pra alguém. E tudo estará bem.
Digo, de uma vez por todas, todas as coisas que deixei de dizer, todos perdões que meu orgulho sufocou por aí: eu perdoo você. Perdoa então também a mim que não sei dizê-lo e que quando digo, digo baixinho e sem jeito como quem aprende um novo idioma: perdonami! Forgive me! Perdoa minha falta de jeito. Perdoa por todas as coisas que eu deixei de dizer e você precisava ouvir.

Pra você que ainda amo tanto...

 Nenhuma história de amor deveria ter data de validade. Ninguém deveria saber que, ali na frente, um dos dois pega um avião e cruza o oceano como se atravessasse a rua. Ninguém, jamais, deveria enxergar a saudade de trás pra frente. Todo amor deveria ser, por natureza infinito, em um horizonte que sempre se renova à frente, como o andar sobre a Terra, o navegar entre as estrelas, o mergulhar em nossos medos. Mas depois de um tempo, você  me deixa.
Se mesmo sabendo disso, eu ainda quero ficar contigo? Pense comigo... em todas as manhãs que acordarei dois segundos antes dos seus olhos se abrirem, como lírios. Junte a isso, todas as frases engraçadas que só farão sentido para o nosso riso. O mar morno lavando nossos pés à noite na praia e depois, as tardes preguiçosas de domingo em que a gente pode vencer o tédio com algum jogo bobo, ou programa esquisito. As nossas mãos que se encontram e se assaltam mutuamente no balde de pipoca naquela sessão de cinema só nossa.
Leve também em conta, minha devoção desapressada em beijar seus ombros, em cheirar seus cabelos, em tocar com os meus as pontas dos seus dedos. Soma-se a isso, os segredos que você vai me contar baixinho, as horas incrivelmente longas em que eu te esperarei chegar pra dizer de uma forma diferente que eu te amo um pouco mais do que amava ontem. Junte também a minha impaciência que pede perdão, sua raiva que se desculpa, nossos erros que sempre se acertam.
Pense comigo, nos incontáveis passeios do meu desejo por sua pele, em nosso idioma nunca antes falado, a imperfeição milimétrica do meu corpo que abraça o seu, deitados em silêncio ou ilhados em uma rua inquieta. E se nos é possível viver tanto, porque não vivê-lo, ainda que por tempo determinado? Até a porta do seu avião se fechar, meu coração está aberto e meu amor é seu, ilimitado. O amor é a viagem mais incrível que se pode fazer.