domingo, 14 de junho de 2020

Derrubei muros
perdi amigos
dei murros em ponta de faca
fui contra tudo e contra todos
Neguei-te uma e outra vez
sempre tentando me convencer
que me eras indiferente
Fechei tantas vezes a porta
na cara da razão
Bati tantas vezes no peito que tentava
me saltar pela boca
buscando a tua
Chorei tanto noites a fio
sem que ninguém me escutasse
apenas implorando que tudo isso parasse
e tudo voltasse
ao normal
Mas o meu mal
o meu maior mal foi renegar-te
porque cresceste de forma incontrolável
e intensamente
Hoje sei que te amo
que sempre te amei
mesmo de todas as vezes em que te reneguei
te afastei
te expurguei do meu sangue
para onde voltaste em força plena
De nada me adianta fechar-te a porta
Já me adentraste a alma
violaste as minhas janelas
subiste as escadas do meu corpo
entranhaste-te em mim como um veneno
Hoje reconheço-te como igual, pleno
...parte integrante do meu corpo e alma
por todos os poros que respiro!

Nenhum comentário:

Postar um comentário