quarta-feira, 22 de março de 2017

De quantas palavras precisas
para cederes ao apelo dos meus braços?
De quantas luas precisas
para te sentires céu ?
E de quantas fogueiras que te aqueçam a alma?
Quantos ventos terás de enfrentar
até cederes ao remoinho do teu corpo?
E de quantas chamas são feitos os teus versos
que ardem na ponta dos dedos?
Com esses dedos que não me tocas?
Diz-me de que cor é o mar que trazes nos olhos
e o sal que vem em cada beijo que não damos?
Alguém me disse um dia que amar
não implica tristeza nem solidão
mas há um brilho baço em cada olhar nosso
feito de finos fios de desejo e saudade

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